Nos versos que hoje te canto
Minha Santa Catarina
Tua beleza menina
Quero ao Brasil exaltar
Cantando tuas paisagens
Tuas praias, tua gente
Que este carinho envolvente
Pra quem for te visitar
Florianópolis querida
Tua linda capital
Tem ares de festival
Na baía debruçada
Com expressões emigrantes
Que o verde mar nos traduz
Na ponte de Ercílio Luz
Com uma história encantada
(Tuas ruas tão estreitas
Ladeiras pedras de chão
Tem cheiro de tradição
Coberta por céu azul
Guardando marcas eternas
De tua heroína Anita
Coberta em trapos de chita
Cruzando os pagos do sul)
Querência catarinense
São João do Sul, Jaraguá
Concórdia e Araranguá
Joinville e Tubarão
Cidades entre outras tantas
Que em minhas viagens já vi
E o Vale do Itajaí
Que vivi meu coração
Cantar as tuas belezas
Sei que a tanto não me atrevo
Mas sinto na alma que devo
Dizer-te ao menos num verso
Que guardas nas tuas praias
Tuas serras Deus quem pôs
Serenas constelações
Engastadas no universo
(Este universo sulino
Que enlaça nossas fronteiras
Duas estrelas bolheiras
No mesmo céu emanadas
São como tentos trançando
Minha plaga rio-grandense
E a terra catarinense
No mesmo solo abraçadas)
Se eu posso pedir a Deus
Minha Santa Catarina
Que ao orientar minha sina
Para a hora derradeira
Posso escolher o local
Para o meu sono dormir
E o meu corpo vá cair
Na linha de tua fronteira
E ali fique para sempre
E que funde as raízes
E flores de mil matizes
Façam da terra que é tua
Que tem enfeitado as noites
Que estes meus olhos cansado
Revivam cristalizados
Com o esplendor branco da Lua